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                                       O LIVRO DA TERRA - A GRANDE BOLA EM QUE VIVEMOS



 Jamais conseguiremos. responder a todas as perguntas que podem ser fei­tas, e todavia toda resposta que obti­vermos e toda pergunta que fizermos com propriedade é de extremo valor para a vida humana. Tudo quanto os homens descubram é de importância para nos, e o que já descobriram torna as nossas vidas mais felizes e úteis. São essas descobertas que cons­tituem toda a diferença entre a nossa existência e a dos selvagens, tão mi­serável , na verdade, que não sabemos se valerá a pena viver assim.

O mundo é redondo como uma bola, e a parte que aparece na gravura é o chamado Velho Mundo, ou seja o que se conhecia antes de Cristóvão Colombo ter descoberto a América. A parte rugosa da bola representa terra e a lisa, água. No globo há muito mais água do que terra. 
  Quanto mais soubermos e mais compreendermos do mundo, ainda que o que soubermos seja muitíssimo pouco em comparação com o que há para saber, tanto melhor para nós. Muitos homens, e muitas mulheres também, têm consagrado a existência inteira a estudar as maravilhas da Natureza. Por que nos preocuparmos com semelhantes assuntos? -- poderá perguntar algum dos nosso.-; leitores. Por que não passarmos todo o tempo a brincar, a comer e a dormir? Por que não havemos de ser como essas cria¬turas do fundo do mar, que parecem dizer ao mundo que as cerca: — "Nada sei e nada quero saber; nada me importa; tudo me ê indiferente, e com coisa alguma quero incomodar--me"?
      Há realmente homens, mulheres e crianças que vivem desse modo; mas isso não é viver. Fora do seu alcance ficam os mais sublimes prazeres da vida, fica tudo aquilo que nos faz tão superiores aos animais.      


Como podemos adivinhar o passado da Terra

    Acabamos de elevar o nosso pen¬samento às alturas celestes e de baixá-lo às profundidades oceânicas. Agora temos de levá-lo a tempos re¬motíssimos para iniciarmos a histó¬ria da Terra.
Ora. é fácil relatar alguma coisa que presenciamos, mas bem diferente é contarmos aquilo que não vimos, por termos chegado atrasados, tendo de descobrir o que aconteceu pelo que vemos em volta de nós no fim do espetáculo. Todos nós temos ouvido falar nesses hábeis detetives que en¬tram num quarto visitado pêlos la¬drões. e descobrem tudo o que suce¬deu. Tomam nota de tudo quanto vêem, examinam um ou outro objeto esquecido pêlos gatunos, as impres¬sões digitais ou marcas dos dedos, c. por fim, reconstituem toda a cena que ali se passou, apesar de ninguém a ter presenciado.
    Pois é exatamente o que fazem os cientistas ao reconstituir a história da Terra. E se quisermos contá-la bem, devemos proceder como um escritor de romance policial. Ele começa por dizer qual foi o primeiro pensamento do detetive ao chegar ao local do crime, e como da observação dum pormenor passou ao descobri­mento de outro, e assim, pouco a pouco, descobriu toda a trama com tanta exatidão como se houvesse es­tado olhando pela janela.
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