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homens E mulheres
CÉLEBRES- OS
HOMENS QUE NOS REVELARAM O MUNDO
Chegaram por fim à China, onde um poderoso
monarca, chamado Kublai Kan, os recebeu com extrem a amabilidade. Marco
cresceu na corte do rei e chegou a exercer ali altas funcoes;aprendeu
várias línguas e deu tantas mostras do seu bom engenho que Kublai o enviou
como embaixador à Cochinchina, à Índia e a outros países. Os Pólo
desejaram, finalmente, regressar a Veneza, sua pátria, de que tinham
estado ausentes por espaço de vinte e três anos. O soberano sentiu
muitíssimo a sua partida; só a custo, mesmo, consentiu nela. No ano
seguinte ao do seu regresso, Marco Pólo foi feito prisioneiro no decurso
duma guerra entre os venezianos e os genoveses. Durante o cativeiro, que
durou dois anos, ditou ele as suas recordações de viagem. Por espaço de
muito tempo não se deu crédito às suas narrações. Ninguém podia, com
efeito, acreditar na existência de países tao extenços como a China e a
Índia, povoados de milhões e milhões de habitantes; e ao ler o que Marco
Pólo referia das ricas sedas, das deslumbrantes jóias e dos deliciosos
perfumes e manjares, assim como do uso do papel-moeda, do emprego do gás
para iluminação, da cidade de Kiu-Say, então a maior de todo o mundo, com
as suas 12.000 pontes de pedra, consideraram as suas narrações como pura
fábula.Um pequeno país que fez muito maior o mundo conhecido No século
XV estava já definitivamente formado o reino de Portugal, graças a guerras
felizes com os mouros e os castelhanos e à sábia administração dos seus
primeiros reis. Naquele tempo, todas as mercadorias que iam do Oriente
(sedas, especiarias, etc.) para a Europa estavam sujeitas a passar através
de terras ocupadas por árabes e turcos. Isso causava grandes dificuldades
e o infante de Portugal D. Henrique (filho do rei D. João I) se empenhou
em obter diretamente as mercadorias da Índia. Estabeleceu-se em Sagres, na
extremidade de um cabo, e ali armou as frotas que tinham de desvendar o
mundo. Que de lutas teve de sustentar contra os preconceitos, as lendas,
os terrores! Diziam que a zona tórrida era inabitável; que havia umas
estátuas encantadas que não deixavam passar ninguém, monstros temerosos ou
for¬midáveis gigantes guardando as costas do mar; no auge do terror,
afirmavam que havia para além um ma;de breu que engulia os navios. Nadi
porém, abalou o ânimo altivo do
Infante.
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