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homens E mulheres
CÉLEBRES- OS
HOMENS QUE NOS REVELARAM O MUNDO
Em 1416 sulcavam o oceano as primeiras caravelas.
Iam para o desconhecido, mas com um largo destino diante de si. Embora
valentes, os marinheiros temiam contínuamete perder a vida e perder a
alma. Mas avançavam sempre. E em 1419 pás saram sessenta léguas além
do Cab Não, o ponto mais longínquo que então se atingia, navegando da
Europa pela costa da África. Ao Não do vaticínio replicaram "sim", e
passarau. além. Descobriram as ilhas da Madeira e dos Açores. Em 1433 Gil
Eanes dobrou o Cabo Bojador, desfazendo o teror lendário do Mar Tenebroso.
Em 1436 um navio chega ao trópico, eu 1441 Nuno Tristão foi ati o Cabo
Branco. Em 1444 Luís de Cadamosto vai a costa da Guiné, em 1445 atinge-se
o Cabo Verde, E sempre passam além Em 1455 e 1457 as ilha de Cabo Verde
são ex¬ploradas por Cadamosto D.Henrique morreu em 1460, mas deixou um
digno sucessor do seu génio e da sua obra. grande rei D.João II, a quem
chamaram o Príncipe Perfeito. No reinado de seu pai, D.Afonso V, já os
portugueses tinham ultrapassado o equador e visto no céu novas estrelas,
as mesmas que iluminam as noites brasileiras. Antes de terem descoberto as
nossas terras, eles descobriram o nosso céu. D.João II dá um caráter novo
às viagens: toma posse das terras novas, funda feitorias, fortifica as
costas, intitula-se senhor da Guiné, e manda colocar, nos portos onde
passam os seus navios, padrões ou colunas de pedra com as armas
portuguesas, que atestam o seu domínio. Em 1484 Diogo Cão descobre o
Congo, em 1486 Bartolomeu Dias saiu do Tejo, percorreu a costa da África e
passou para lá do seu extremo meridional. A esse ponto chamou Cabo das
Tormentas, pelas que nele sofreu. A expedição estava de volta a Portugal
em 1487, e D. João II mudou o nome do Cabo para "da Boa Esperança", pois
logo viu que o terse dobrado o extremo sul da África era uma alvissareira
expectativa de alcançar a costa da Índia.Para melhor realizar o seu
plano, D.João II tratou de mandar gentepor terra para indagar do país onde
existia o Preste João, rei cristão que se supunha existir lá para as
bandas do Oriente, não se sabia bem onde. Por sua ordem, em 1487 Afonso de
Paiva e Pêro da Covilhã partiram para Nápoles e aí seguiram até Áden,
onde se separaram. Paiva dirigiu-se à Abissínia e Covilhã partiu para a
Índia a fim de preparar a viagem que, por mar, para ali devia ser feita.
Covilhã navegou até Sofala, depois voltou a Áden, e chegando ao Cairo, no
Egito, soube do falecimento do seu companheiro. Do Cairo mandou notícias
ao rei, dizendo que se podia navegar para a Índia pelo Oceano e que o
Preste João não podia ser outro senão o imperador da Abissínia. Eu 1490
Covilhã penetrou nesse país,( onde não tornou a sair, por lho nãi terem
consentido os príncipes que ali governavam. Se vocês olharem para um mapa
da África e considerarem que na altura em que vamos da nossa narrativa já
estava dobrado o ponto extremo daquele continente, o Cabo dl Boa
Esperança, e que Covilhã tinha explorado a costa da África até Só fala,
verão facilmente que, para con seguir o grande desig. nio, só faltava
explorai a porção da costa con preendida entre pouco ao Norte do Cal da
Boa Esperança, o Eii do Infante (hoje Fisl Ri ver) e o Sofala. Foi afinal,
o que fez Vasa da Gama, aquele qui teria a honra de inaugurar o Cominho
marítimo da Índia. Vasco da Gama e a dai coberta do caminho Índia A
descoberta dêss caminho cada vez i tornava mais urgeni para Portugal. Em
1942 a Espanha, pela tomada de Granada, expulsai definitivamente i mouros
da Europa, no mesmo ano Cristóvão Colorn' cujos serviços D.João II declina
tinha-se feito ao mar com uma quadra espanhola e conseguira a' çar a
margem oposta do Atlâníii costa da América, mas que ele sava ser parte da
Índia. D. Joq apressou-se a organizar a expedi que a descoberta de Colombo
toiï particularmente urgente, e o seu mando foi confiado a Vasco da
Gama.
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