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                                      O livro DOS porquês

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Virá algum dia em que a Lua se furte à açâo da Terra e acabem então as marés?

A primeira destas perguntas deve responder-se negativamente, porque a distância a que a Lua pode estar afastada da Terra tem um limite, e alguns astrónomos são de opinião que, quando a distância que a separa do nosso planeta alcance esse limite, ela começará a aproximar-se de novo. Sustentam que algum dia a Lua há de voltar à Terra, que a gerou, e não há dúvida que então as marés hão de diminuir, porque serão produzidas unicamente pelo Sol. Estas últimasmarés subsistirão, naturalmente, em­bora muito diferentes das que o mes­mo astro produzia em idades muito remotas, quando não estava ainda formada a crosta sólida da Terra e toda a água que hoje existe se encon­trava na atmosfera como ainda hoje se encontra em parte sob a forma de vapor.

Aquelas, sim, é que eram marés, porque, não existindo terras, a gran­de onda de preamar caminhava con­tinuamente, sem obstáculos, sobre a superfície livre do globo, atraída pelo Sol. Mas o elemento móvel que cons­tituía estas marés não era simples­mente água, mas sim rochas em fusão, como as lavas ferventes expelidas pêlos vulcões não extintos.

Virá um dia em que a Lua tenha a mesma velocidade que a Terra no espaço?

A Lua anda mais devagar do que a Terra; mas calcula-se que chegue um dia em que aquela gire em torno do nosso planeta com a mesma veloci­dade com que a Terra gira sobre o seu eixo. Se alguma vez isto acon­tecer, acabarão as marés produzidas pela Lua, ainda mesmo que a Terra se não desprenda do seu satélite. Am­bas se moverão durante um certo tempo como que formando um só corpo, tal qual como se uma sólida barra de aço as unisse. A ideia que acabamos de expor pode ser expressa de outra maneira, dizendo que o dia e o mês chegarão a ter a mesma dura­ção, daqui a milhões e milhões de anos, durante os quais se irão fazen­do gradualmente o dia mais compri­do e o mês mais curto.
É certo que os dias o sendo cada vez mais compridos?

O estudo minucioso das marés (e sobre isto poderiam ser escritos mui­tos livros) revela-nos um caso muitocurioso. O atrito produzido pela onda da maré, que sem cessar percorre a superfície da Terra, retarda constan-temente a velocidade de rotação da Terra sobre o seu eixo. As marés atuam como um travão sobre o movi­mento de rotação do nosso globo, de maneira que, dia a dia, século a sé­culo, o nosso planeta vai aumentando gradualmente o tempo que emprega em completar uma revolução sobre si mesmo.

Por outras palavras: o dia (que é o tempo de uma revolução comple­ta) vai-se alongando de fato. Têm-se feito muitos cálculos sobre este as­sunto; é certo que nenhum inspira confiança, mas é provável que dentro de um século o dia se torne maior, aproximadamente, um segundo. Dir--se-á que é pouca coisa; mas devemos lembrar que um século é um instante na vida dos mundos e que os segun­dos, somados num número imensa­mente grande, formam anos e até séculos.

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