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O LIVRO DA TERRA - A GRANDE BOLA EM QUE
VIVEMOS Estos, porém, não deixavam de defender a sua opinião, apresentando argumentos, uns após outros, com tanta força e convicção, que conseguiram impor a verdade. Um dos seus melhores argumentos era que, se se acompanha com a vista um navio que de um porto se faz ao mar. não se observam as coisas como se o mar -fosse plano. Suponhamos que o
mar se apresentasse como um campo plano e lavrado. Poderíamos
ver o navio balouçando-se nas águas e avançando cada vez mais, parecendo
cada vez menor-zinho. ato que se tornaria como um simples ponto,
para desaparecer dentro em pouco da nossa vista. Mas não ó o que
acontece. Se o contemplamos com atenção vemos que começa a sumir de
um modo especial. O casco, isto ó. a parte inferior do navio, é o que desaparece primeiro; depois como
que o navio se vai afundando cada vez mais nas águas até que vemos apenas
os topo.-; dos mastros; depois. apenas
o topo do mastro maior, e finalmente não vemos mais nada. Quando o navio
desaparece, ele está ainda a uma
distância em que poderíamos
vê-lo perfeitamente bem se não
estivesse oculto por alguma coisa. alguma coisa que primeiro esconde a
parte inferior e depois todo elo Como aparecem os navios à nossa vista Suponhamos agora que o navio
regressa: que ó que vemos? Primeiro uma espécie de forma obscura, que a pouco e pouco
se vai tornando mais clara? De modo nenhum. Parece que o navio se
ergue das águas e, à medida que se levanta, se vai aproximando de nós. de forma
que primeiro vemos os topos aos
mastros, e no fim o casco. A razàa disso é a curvatura da superfície do
mar, que faz parte da superfície curva do nosso planeta. E foi o que esses marinheiros tentaram fazer. Despediram-se dos seus desconsolados amigos, que julgaram nunca mais tornar a vê-los, embarcaram nos seus mais soberbos navios e fizeram-se ao mar. Foi a Espanha o ponto de partida. È fácil imaginar quantas vezes esses marinheiros que não podiam ter muita certeza da csfe-ricidade da Terra desejaram voltar à pátria. Sentiam que dela se afastavam cada vez mais, e uma dúvida os atormentava: e se não houvesse outra rota para o regresso senão aquela pela qual navegavam? Mas não voltaram. Todos os dias os seus gajeiros estendiam o olhar à procura de terra, terra jamais vista, mas que pensavam ser o outro lado do continente de onde haviam partido.
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