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O LIVRO DA TERRA -  A terra está sempre EM movimento





 Talvez não muito longe, porque se­riam detidas pouco a pouco pela resis­tência do ar, como ocorre a uma bola atirada com força. Mas podemos ter a certeza de que, se a Terra parasse de repente, todos os homens, mulheres, crianças e animais morreriam; todas as águas sairiam da bacia dos mares e do leito dos rios; mor­reriam os peixes, todos os edifícios ruiriam, as cidades seriam destruídas. Não é, porém, pro­vável que isso ve­nha a acontecer.

Se não podemos sentir o movimento do veículo em que viajamos só temos um meio de verifi­car que de fato não está parado: é olhar para os objetos exteriores e ver o que parecem fazer. Para averiguar se a Terra de fato se move, devemos observar o que parecem fazer os de mais corpos celestes, situados fora i nosso grande veículo. Ao olharmos céu descobrimos que o Sol, por exei pio, parece dar uma volta todos i dias, em redor da Terra, de leste pá oeste. Mas, assim como uma pesa suporia que há u trem próximo e movimento, quam é realmente o seu que se move, assi também todos i homens que pens vam ver o Sol m ver-se no céu e torno da Terra est vam iludidos.
Na verdade é Terra que gira i oeste para leste nos dá a impressi de que o Sol, de di e todas as estrêli de noite, estão j rando de leste pá oeste. Dizemos, t davia, que o Sol na cê e se põe, e se dúvida os homens expressarão assi por muitos e muit anos ainda, por ua questão de hábito comodidade. É sü plesmente a Ter que gira em vol de seu eixo, cob um pião.

O movimento de rotacão da Terra

Nada mais fácil i que compreender movimento de rot cão da Terra, causa da sucessão de di e noites. Tome um globo, isto é, un bola que representa a Terra e tem l superfície, delineados, os continente Se você não tom um globo, serve me mo uma bola de borracha ou uma laranja. Segure-o em frente de uma vela acesa num quarto onde não haja outra luz. A parte da bola que está do lado da vela fica iluminada e a parte oposta ficará na sombra. Ponha um pingo de tinta sobre o globo, para representar a sua casa, e vire a bola de modo que o sinal fique em frente à luz. Depois, girando a bola lentamente, você o verá afastando-se até que chega um momento em que não recebe mais a luz da vela. Continuando a girar a esfera, novamente será iluminado o pequeno sinal.

A vela faz as vezes do Sol, e quando a mancha de tinta está exatarnente em frente à vela é meio-dia. Depois, à medida que a bola ou a Terra vai girando, a mancha de tinta que re­presenta sua casa perde a pouco e pouco a luz da vela; isto é, o Sol põe--se por   fim, c ó noite. Depois surge, novamente, pelo outro lado, na região iluminada. Quando isso acontece com o ponto da Terra em que está a sua casa, você diz que "o Sol nasceu".

Pensemos por um momento no que sucederia se fosse sempre dia ou sem­pre noite. Se a Terra não girasse con­tinuamente, se estivesse sempre fixa, então metade da sua superfície rece­beria sempre a luz do Sol, enquanto a outra teria uma noite perpétua. Para representar esta hipótese, basta 'que você mantenha imóvel, diante da vela, o globo (ou a bola ou a laranja) com que faz suas experiências. Metade dele ficará iluminada (dia) e metade na sombra (noite).

Se a Terra ficasse imóvel, parecer-nos-ia que o Sol se tivesse imobili­zado no céu. Quando os relógios mar­cassem 20 horas ou meia-noite, o Sol ainda estaria brilhando no mesmo lugar.

Por outro lado, na outra metade da Terra, a noite seria perpétua. Acon­teceria então que os habitantes do outro lado do mundo saltariam para os seus navios, aviões e trens, e vi­riam para o nosso lado ver o Sol de novo. Decerto o fariam; mas é certo que também nós gostaríamos muito de ir, por algum tempo pelo menos, ao lado do mundo onde reinasse a noite. A Terra seria composta de dois mundos: o diurno e o noturno. É melhor, porém, para todos, que a Terra continue a dar as suas voltas e que tenhamos o dia para as nossas ocupações e a noite para dormir. Mesmo porque, na hipótese que ima­ginamos, dentro de pouco tempo fica­ria tudo torrado do lado do Sol, enquanto que, na outra banda, faria um frio polar.

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