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                                       homens E mulheres CÉLEBRES- OS HOMENS QUE NOS REVELARAM O MUNDO


A expedição só pôde partir, porém, no remado do sucessor de D. João II, D. Manuel, o Venturoso. As quatro caravelas da descoberta saíram de Lisboa em 8 de julho de 1497, levando por piloto a Pêro d'Alenquer. A 16 de novembro dobrou o Cabo da Boa Esperança, sob um temporal. Em dezembro chegou ao ponto extremo atingido por Bartolomeu Dias, o Rio do Infante. No Natal reconheceu a costa que recebeu esse nome, em honra do dia cristão. A expedição chegou a Quelimane em janeiro de 1498, a Moçambique em março, e em abril a Quíloa e Mombaça. Quando Vasco da Gama chegou a Mombaça, já lhe morrera quase metade da gente, e da que sobrevivera a maior parte acha¬va-se doente. Naquela ilha escapou de uma cilada que lhe armara o rei de Mombaça, o qual queria tomar as naus e passar todos os cristãos à es¬pada. A 15 de abril chegou a Melinde, onde o sultão lhe forneceu um piloto natural da Índia, e dali partiu a 24. Vinte e três dias depois via as montanhas da costa do Malabar, e a 20 de maio lançavam âncora perto de Calecute, "tão contentes diz o cronista Damião de Gois como se já tivessem feito fim de seus trabalhos e estiveram surtos diante da cidade de Lisboa, de onde havia onze meses que partiram".  Bem acolhido pelo rei da terra, dele recebeu presentes e uma carta para ser entregue ao rei D. Manuel, significando-lhe a sua amizade e desejo de pacíficas relações. Encontrara-se finalmente o caminho marítimo para a Índia, pelo Cabo da Boa Esperança.O esforço português fora coroado de êxito.A volta foi muito difícil. O vento que então soprava retardava a marcha. A doença e o desânimo apoderaram-se da equipagem; um dos navios naufragou; os outros dobraram o Cabo em março de 1499, mas a tempestade separou-os. Um entrou em Lisboa a 10 de julho; Vasco da Gama só chegou a 18 de setembro, depois de ter perdido um dos seus irmãos nos Açores. De resto, o êxito da ex¬pedição tinha sido pago bem caro: dos 160 homens que tinham partido, apenas restavam 55.A expedição da Índia custara mui¬tas vidas, mas a venda da grande carga de especiarias que trouxera foi tão lucrativa que os portugueses se decidiram a novas empresas. O cravo, a pimenta, a canela, tinham na alimentação uma importância que hoje dificilmente concebemos. Para assegurar esse comércio, cujo  monopólio lhe cabia, Portugal enviou todos os anos uma armada com destino à Índia. Lisboa substituiu Veneza e Génova no tráfico com a Índia.
A capital de tão pequeno país torna-se a capital do comércio
universal, dois terços do qual , do fundo do Oriente
até o mar

Vermelho e de Melinde até aos Açores, com uma linha imensa de estabe¬lecimentos, ficava nas mãos dos portugueses. Em Lisboa ouviam-se todas as línguas, ali vivia e ali passava gente de todas as partes da terra. É o apogeu do poderio de Portugal.


 

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