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                                        O livro DE nossa vida - como A vida teve origem NO mar

À medida que a Terra foi esfriando, foi-se aproximando pouco a pouco o momento em que se operou nela ex­traordinária modificação: a passagem para o estado líquido da enorme quantidade de vapor d'água que en­chia a atmosfera terrestre.

Formaram-se então os oceanos, e chuvas torrenciais desabaram sobre os continentes, dando origem aos pri­meiros rios.

Tudo isto só pôde acontecer depois que a superfície da Terra ficou com a temperatura menor do que 100°.

Em resumo, como a água em estado líquido é indispensável à vida, esta não pôde existir antes da formação dos oceanos.



A vida deve ter começado no mar

Não quer isto dizer que a vida co­meçasse logo que caíram sobre a Terra as primeiras gotas de água. Medeou, decerto, muito tempo entre essa remotíssima chuva e o apareci­mento dos seres, mas o que queremos dizer é que a vida não começou, nem podia começar antes disso. Também não há dúvida de que foi na água que tal se verificou.

A primeira chuva que caiu sobre a Terra deve ter sido de água escaldan­te. Nas primeiras lagoas que se for­maram, de água quente, e quente de­mais, seria impossível a existência de seres vivos. Todos os seres vivos per­dem a vida na água a ferver. Mas, com o seguir do tempo e à medida que a Terra se foi tornando mais fria, a água dos lagos, rios e oceanos tam­bém foi esfriando.

Um dos homens que primeiro me­ditaram nessas coisas, um francês ilustre, Buffon, afirma que a vida;
deve ter começado em alguma parte do mar, nas vizinhanças do pólo Norte ou do pólo Sul, pois a água destas regiões, que não recebiam tanto sol nem tanto calor como o resto da Terra, deve ter sido a primeira a esfriar o bastante para que isso ocorresse


Os seres que vivem no mor
Ainda hoje os mares estão cheios de seres vivos. É isto uma coisa que não
devemos esquecer, nem vamos supor que os únicos seres vivos do» mares sejam os peixes e algumas plantas marinhas.
A água dos mares e oceanos, que cobre mais de metade da superfície da Terra, está repleta de vida, embora muitos dos seres vivos já há muito tempo tenham trocado o mar pela terra. Devemos nos lembrar de que os mares e oceanos, muito mais extensos do que os continentes juntos, estão cobertos de inumeráveis seres vivos que nascem, crescem e morrem longe da nossa vista.A vida nasceu no oceano e só depois de muitos milhares de anos é que as plantas e animais consegui¬ram conquistar a terra firme.


Os primeiros seres vivos que apareceram no mundo
Estamos tratando, o mais resumida¬mente possível, da história da vida sobre a Terra, e portanto não falare¬mos da forma e constituição dos pri¬meiros seres vivos, que devem ter sido vegetais, quando só existiam os alimentos mais simples (chamados alimentos minerais), com os quais apenas as plantas podem se sustentar,
À medida que o tempo decorria, os primeiros seres vivos foram dando origem a muitos outros; e, aos poucos, apareceram novas espécies, descen¬dentes das primeiras, mas diferentes

delas. Assim passou a haver nos mares não só muitos sores vivos. mas seres de espécies cada vez mais diferentes, entre as quais se encon­traram, sem dúvida, as primeiras for­mas da vida animal


A maravilhosa transformação origina da pelo aparecimento da vida

Depois de estarem os oceanos po­voados com grande diversidade de seres, ocorreu na Terra urna coisa ex­traordinária. Embora nascidos e cria­dos no mar c necessitando de água para viver, atreveram-se a sair do mar. Fato, na sua simplicidade, trans­cendente c de consequências impre­vistas, pois nele estava o gérmen do futuro do mundo.

É possível que alguns deles deixas­sem as águas para voar pelo ar, mas isto não nos parece provável. Seria uma mudança repentina e muito di­fícil. É muito mais provável c mais natural que os seres marinhos se tenham adaptado aos poucos a viver nas bordas do mar e mesmo nas praias, molhadas de vez em quando pelas ondas, e só muito lentamente foram surgindo, dentre os descen­dentes de tais seres, aqueles que já podiam suportar cada vez melhor as condições de vida em terra firme.


Como a Lua ajudou a vida a passar do mar para a terra

Por mais estranho que pareça, foi a Lua que ajudou os seres vivos a saírem do mar para a terra firme. É extraordinário, mas ó verdade.

Claro está que ela náo veio puxar por eles, mas como a Lua é uma das causas das mares, foz com que as águas, ao subir, trouxessem consigo os germens e matérias que têm em suspensão; e, quando desciam, os de­positassem na praia.

Todos nós conhecemos sores, plan­tas e animais que vivem nos roche­

dos da costa, fora d agua, por algum tempo, quando a maré baixa, ate que, tornando a subir, ela volta a cobri-los. De maneira idêntica de­vem ter vivido os primeiros invaso­res dos continentes: passando algu­mas horas dentro d'água e outras fora dela. Finalmente, ó compreensível que certos seres se tenham mostrado mais resistentes a secura e chegado a poder viver constanternente fora d'água.

Isto náo quer dizer que eles pos­sam viver sem água, da qual todos os seres têm necessidade; nos mes­mos. apesar de nos afogarmos se nos submergissem, precisamos tanto dela que mais do três quartas partes do nosso corpo sáo constituídas por água.

É possível que o sol ajudasse os se­res vivos a sair do mar. secando as águas dos charcos deixados pelas ma­rés, ou que alguns deles tenham pas­sado dos mares para os rios. e o sol os tenha ambientado à vida terrestre, secando pouco a pouco os charcos formados pelas cheias.

Todas essas hipóteses sáo aceitá­veis: o certo ê que a vida náo passou subitamente de marítima a terres­tre, e só pouco a pouco os seres se foram adaptando ao seu novo modo de vida.


Vantagens e dificuldades da vida ter­restre

Ao passarem da vida aquática para a terrestre, enfrentaram os seres ter­ríveis dificuldades, mas foram com­pensados porque as condições de vida em terra firme permitem um desen­volvimento bem mais exuberante.

Fora d'água, os seres vivos precisam ter o corpo revestido de uma cama­da pouco permeável para que não sequem rapidamente em contato com o ar, morrendo portanto.

Também têm eles de suportar o peso do próprio corpo, enquanto que,

mergulhados n'água, ficavam flutu­ando.

Necessitam, ainda, de aparelhos res­piratórios apropriados para retirar o oxigénio da atmosfera em vez de tirá--lo da água.

As plantas, a fim de tirar a seiva da umidade do solo, tiveram de criar raízes, e, para melhor aproveitar o gás carbónico do ar e a luz do sol, cobriram-se de folhas delgadas.

Todos estes caracteres novos, — pele ou revestimento do corpo pouco permeável, esqueletos capazes de su­portar o peso do corpo, aparelhos res­piratórios próprios para retirar oxi­génio da atmosfera, raízes e folhas, no caso das plantas—e muitos outros, foram surgindo lentamente, de modo que a adaptação das espécies animais e vegetais à vida terrestre só se pôde processar através de um longo tempo.

Vantagens muito notáveis, porém, vieram como a premiar esta evolução.

As plantas terrestres puderam alas­trar-se por imensas áreas continen­tais, até então desabitadas, enterran­do suas raízes num solo rico em sais, expandindo suas folhas numa atmos­


fera rica em oxigénio e gás carbôr e recebendo em cheio os vivificanh raios solares.

Os animais puderam mover-se coi maior liberdade, tiveram à sua dispd sição uma vegetação exuberante com fonte de alimentação e abrigo. Pud( ram, ainda, alcançar notáveis aperfa çoamentos, entre os quais a manil tenção da temperatura constante i corpo, graças ao tipo de respiraç pulmonar, só possível na atmosfei muito mais rica em oxigénio do qui a água.

Toda a pequena porção de oxigê nio da água do mar (que, ainda qu pequena, pode manter uma vid provém do ar. De modo que há un boa provisão de oxigénio à super:

cie do mar, e muitíssimo menos iog abaixo da superfície.

Supõe-se que o oxigénio, necessá-3 rio para manter a vida no fundo da mares, é levado até lá em corrent de água fria que estiveram perto ( superfície, nas regiões mais frias ( Terra, e que, ao se dirigirem às re-| giões mais quentes, desviam-se parao| fundo.


Como os primeiros seres vivos pude­ram sair das águas

Se pensarmos no que acabamos de ler, veremos imediatamente que as águas próximas das praias, sendo pouco profundas e como que espalha­das em toalhas muito finas, pela ação das marés, devem ser as mais ricas ml:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />em oxigénio. Por isso a vida se ma­nifesta por tantas formas nos seres que vivem nas águas, e em rochedos da praia a princípio haveria, prova­velmente, uma espécie de seres que já se haviam habituado a respirar oxigénio em abundância e que acaba­ram por aprender a dar verdadeiros mergulhos, não na água, mas no ocea­no do ar, junto do qual viviam.

Pois bem; a quantidade de oxigé­nio respirável que existe na água é pequena em comparação com a do ar, de cujo volume é a quinta parte. As­sim a vida ganhou muitíssimo com esse grande passo da água para a terra. Sem dúvida nenhuma foram difíceis os primeiros tempos, porque os órgãos utilizados para respirar oxi­génio da água não servem para res­pirar o oxigénio do ar. Toda gente sa­be que um peixe, retirado da água, morre dentro de pouco tempo. Ape­sar de rodeado por muito mais oxi­génio do que até então, morre asfi­xiado, morre por falta de oxigénio!


O estranho fato é fácil de explicar:

ele néo pode respirar fora da água. por mais oxigénio que tenha, porque não tem pulmões, mas guelras, órgãos dispostos de forma a poderem filtrar o oxigénio dissolvido na água, mas incapazes de fazer o mesmo com o da atmosfera.

Cada órgão está constituído de acor­do com uma função determinada, es­pecial, relacionada com o seu. meio;

e assim como os pulmões não estão adaptados para absorver o oxigénio contido na água também as guelras não podem absorver o oxigénio que existe na atmosfera.


Estava dado o grande salto e a vida começou o seu maravilhoso progresso

Portanto, para os vertebrados con­quistarem a terra tiveram de adquirir pulmões que lhes permitisse aprovei­tar o oxigénio do ar. No entanto essa grande dificuldade foi vencida, e já vimos como foram ajudados pelas marés, dando-lhes ocasião para apren­der a respirar o ar livre quando bai­xavam e vindo salvá-los quando tor­navam a subir. Assim, depois de muito tempo, deu-se o grande passo, porque se muita vida permanece ain­da hoje na água, os mais surpreen­dentes capítulos da história da vida se deram depois disso, e são períodos da história da vida sobre a Terra

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