Home|Sobre|Tesouro da | Juventude | Índice Geral | Fale Conosco | ||||||||||||||||||||||||||||||||
O LIVRO DAS BELAS ACÕES A última luta no Coliseu Irmãs pelo sangue e pelo heroísmo O cavaleiro sem medo e sem mácula A fuga de Grócio Um exemplo para os jovens
brasileiros NOS grandes dias Lá continua de pé, arruinado e
partido, mas, ainda assim, impressionante. Nos dias terríveis
Nesses dias negros e vergonhosos. o grande Coliseu branco, elevando-se imponente sobre a terra, com as suas grandes galerias que comportavam quarenta mil pessoas, era um espe-táculo grandioso. Aí vinha Roma toda ver as grandes feras soltas dilacerarem-se umas às outras. Aí se mostravam os gladiadores, homens fortes .treinados para lutar dois a dois, até que um caísse morto. Ai se lançavam aos leões os cristãos vivos, em dias de festa romana. No mundo nenhum lugar terá visto cenas mais cruéis.Pouco a pouco o cristianismo abriu caminho, até que o próprio imperador se tornou cristão. Então acabaram esses espetàculos vergonhosos e o Coliseu tornou-se apenas um circo. O povo, porém, ainda os recordava e de vez em quando a fúria antiga reaparecia. Havia quatrocentos anos que os cristãos se vinham tornando cada vez mais numerosos e fortes, quando chegou um dia de terror para Roma. Alarico, chefe dos godos, caiu como um cataclismo sobre Roma, cujo imperador era apenas um pobre mancebo louco; teria ela fatalmente sucumbido se não fosse um bravo general e os seus homens, que derrotaram os invasores. Tão grande foi a alegria do povo que ele, nesse dia, afluiu ao Coliseu, aplaudindo o bravo general. Houve ali uma caçada às feras e um grande espetáculo como nos tempos antigos, quando, de repente, de um dos corredores estreitos que conduzem à arena, surgiu um gladiador com espadas e lanças. O entusiasmo do povo não tinha limites. Aconteceu então uma coisa estranha. Para o meio da arena avançava um velho, descalço e de cabeça descoberta, pedindo que evitassem derramamento de sangue. Gritou-lhe o povo que deixasse o sermão e se fosse embora. Os gladiadores avançaram e empurraram-no para o lado, mas o velho tornou a meter-se entre eles. Uma saraivada de pedras caiu-lhe ?>ml:namespace
prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags"
/> Era um eremita, chamado Telêma-co, um desses santos homens que, cansado das maldades, tinha ido viver na solidão dos montes. Vindo a Roma para visitar os altares sagrados, vira o povo afluindo ao Coliseu e, compa decendo-se da sua crueldade, seguira-o para evitar a ressurreição dos espetáculos deprimentes, ou morrer. Morreu, mas conseguiu o seu obje-tivo. As vozes mais dignas de Roma se ergueram contra o covarde sacrifício do pobre eremita; e não se tornou a derramar sangue no grande teatro. Foi essa, felizmente, a última luta no Coliseu. |
| ||||||||||||||||||||||||||||||||
| ||