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COISAS QUE DEVEMOS SABER
- Foguetes e Bombas
Voadoras Esta válvula, construída da mesma maneira que as portas das eclusas de um canal, abre para permitir a entrada de ar. A seguir a válvula fecha e uma pequena quan¬tidade de combustível é injetada no motor e inflamada quase imediata¬mente. Daí resulta uma explosão única, semelhante à que se obtém quando se dispara um cartucho de pólvora seca; e o recuo provocado por esta explosão impulsiona o conjunto. Dão-se aproximadamente cem destas explosões por minuto.Como as asas desta bomba voadora são muito pequenas, têm que supor¬tar um grande peso da superfície da asa. Por outras palavras, a carga uni¬tária na asa é muito elevada. Por esta razão, o motor a jacto não tem suficiente potência para determinar a decolagem da bomba voadora. As pla¬taformas de lançamento da bomba V-l assemelham-se a uma faixa de lançamento de navios costeiros, e acham-se equipadas com um dispositivo auxiliar para a decolagem: uma bateria de poderosos foguetes de pólvora, aban¬donados pela bomba depois de terem cumprido a sua missão.Após deixar a plataforma, a bomba voadora é mantida na sua trajetória por um piloto automático semelhante aos utilizados inicialmente nos aviões de transporte. É claro que o piloto automático nada mais pode fazer do que manter a rota e a altitude a que a bomba deve voar. Ela podia s( abatida pêlos canhões antiaéreos, interceptada por aviões de combat cuja tarefa era grandemente simpi ficada, visto que as bombas voador nem podem desviar-se nem defende -se. A principal dificuldade que apr sentava a intercepção destes engenh' residia na sua grande velocidade e i fato de constituírem um alvo mui pequeno.O piloto automático funciona gi cãs a um sistema de ar comprimido instalado na fuselagem (atrás da carga do explosivo), em comparti¬mentos esféricos de pressão. Já du¬rante a guerra se verificara, exami¬nando bombas voadoras abatidas, que existiam dois dos referidos comparti¬mentos, visto que, se houvesse apenas um, não teria capacidade suficiente para transportar o ar comprimido ne¬cessário a um voo de vinte minutos, ou talvez porque a válvula do motor a jacto também fosse acionada pelo ar comprimido.Militarmente, a bomba voadora é classificada como um projétil para áreas indeterminadas, isto é, um projétil que não pode ser usado
em mis¬sões que exijam precisão.Conquanto tenham um alcance maior do
que qualqueroutra arma, com exceção dos aviões de
bombardeamento, a sua justeza é tão precária que não poderia ser utilizada
contra qualquer alvo específico tal como uma ponto uma estação ferroviária
ou uma fabrica.Naturalmente, admitiu-se que a justeza das referidas bombas
podia ser aumentada, utilizando o controlo radioelétrico. Mas tal solução
é mui¬to mais difícil do que parece à pri¬meira vista. Se estas bombas
fossem engenhos de tempo de paz (transportes rápidos de correio, por
exemplo) seria possível aumentar a exatidão do seu ponto de queda,
instalando neste ponto um controle de rádio. Mas esta solução não era
possível em tempo de guerra; um radiocontrôle no ponto de partida poderia
ser destruído, de¬terminando a destruição das bombas, ou a sua perda de
direção, e fazendo--as voar em círculo, até o esgotamento do
combustível.
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