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LIVRO DO VELHO MUNDO -A nação mais
antiga do mundo A terra maravilhosa que produz várias colheitas por ano As terras da bacia do rio Amarelo são ainda mais férteis que as terras roxas da China central, e todos os anos, nos terrenos denominados íoess, são produzidas diversas colheitas. O íoess é uma qualidade de terreno benéfico, também encontrado em outras partes da Ásia, na Europa e na América do Norte. O Si-kiang, ou rio do oeste, banha as terras da China meridional. Suas nascentes estão localizadas nos altos picos da província de Yun-nan, e no seu curso atravessa florestas tropicais e campos cultivados, cujas plantações requerem clima quente e úmido.
Os chineses, durante milhares de anos, trabalharam sem descanso, multiplicando-se extraordinariamente, sofrendo os horrores da guerra e gozando os benefícios da paz, alternativamente. Entretanto, seus costumes se mantiveram estacionários até há bem pouco tempo, quando o espírito reno-, vador da nova geração chinesa procurou invadir todos os setores. Sempre se ocuparam nas mesmas coisas, as profissões passavam de pais a filhos, cultivavam o mesmo pedaço de terra, e nas escolas aprendiam as mesmas coisas. É muito difícil para os amant( progresso e das ideias novas, e j tanto inimigos da inércia, compri der essa obstinação em conservai mesmos costumes durante centen centenas de anos. A história escrita da China v mais de 4.000 anos; é, pois, duas| zes o período da história europJ Quando as nações da Europa côa cavam a entrar no caminho da rivj zação, a China já contava com 2.1 anos de existência. A China peri essa vantagem de vinte séculos, p se manteve estacionária, sem o d nor sinal de progresso, enquanto jovens nações do Ocidente ideava novas formas de cultura e melhol vam constantemente seu modo viver. Muitas são as causas de tão p: longado letargo, porém somente ci signaremos as que nos ajudem a co preender-lhe a história. Uma i principais foi o excessivo respeiti reverência dos chineses para c seus antepassados, de tal modo ( seu maior dever era levar exatame: a mesma vida que seus pais havi tido. Outra razão foi que os chine;com raríssimas exceções, sempre mantiveram dentro de seu país como poucas vezes conviviam corr raros estrangeiros que visitavan China, dos quais sempre se mosi vam desconfiados, nenhuma ideia conhecimento novo podia transpc barreira que estabeleciam ao ré de si mesmos Os chineses julgav, -se superiores a qualquer outro p da terra, pois eram governados i "Filho do Céu", nome dado aos s imperadores. Com o correr do t pó cresceu o ódio que manifestam contra tudo que fosse novo ou est] geiro, situação que só começou a modificada no século XX. A maioria dos historiadores é opinião
que os antepassados dos neses vieram, ha muitos
séculos, da bacia do Tarim, e se
estabeleceram nos férteis terrenos de loess, onde encontraram facilidade para
cultivar os vegetais de que se alimentavam. Ali viveram durante muito
tempo, adiantando-se no seu estado de civilização, antes de transporem as cordilheiras que
separam as bacias dos rios Azul e Amarelo. Nas margens destes dois rios também floresceram e
prosperaram, e finalmente as tribos se reuniram debaixo da
autoridade de um chefe Confúcio, fundador de uma religião Há vinte e cinco séculos, aproximadamente, viveu na China um filósofo chamado Confúcio, que durante sua vida austera e errante ensinou o melhor modo de o homem viver em paz e governar-se a si mesmo. Seus ensinamentos tornaram-se lei para milhões de compatriotas, e numerosos templos foram erigidos em sua honra. Confúcio coligiu e ordenou toda a história do Império, e os nove volumes que escreveu constituíam a base do ensino em todas as escolas chinesas até há bem pouco tempo, e a matéria mais importante nos concursos oficiais. Alguns
séculos depois de sua morte reinou um príncipe que mandou queimar os
livros de Confúcio e castigou cruelmente os que procuravam ocultá-los. Uma das penas mais comu-mente impostas consistia em mandar o
condenado trabalhar na construção de uma grande muralha que estava sendo
levantada ao norte do país, para impedir as constantes incursões que os
cavaleiros mongóis faziam ao
território chinês, devastando as plantações dos pacíficos
agricultores que habitavam aquelas regiões. A muralha alcançou nove
metros de altura e cinco de largura em sua parte superior, revestida
de granito e com inúmeras torres de defesa,
estendei por vales e montanhas, com mi 2.400 quilómetros de compra Essa
muralha ainda separa a i da província da Mongólia, porei atingiu o seu
objetivo: af, mongóis e mandchus. vêrno da China, e estenderam seu domínio a outras partes da Ásia. Quando o grande guerreiro tártaro Gengis-Kan invadiu a Ásia Ocidental e fundou um Império que se estendia desde o Mar da China até a Rússia, desapareceram algumas das barreiras que anteriormente confinavam os chineses em seu território. Depois da morte de Gengis--Kan o seu império foi dividido entre seus filhos, do que resultou um intenso e importante tráfego de caravanas entre os países vizinhos, como a Pérsia, o Tibé e a Mongólia. |
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