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LIVRO DOS CONTOS


Simbá, o marinheiro
A rosa do mar
A dança das doze princesas  
História do salgueiro das louças 
Os três porquinhos  
História dos sapalinlios vermelhos
A criança fine a França esqueceu
A lenda do judeu errante     
A mãe Shipton
Os quatro ministros sábios
Como Napolcão voltou da ilha de Elba            
Napolcão depois de Waterloo 
 
Simbá, o marinheiro



ERA uma vez um rei que tinha doze filhas muito lindas. Dormiam em doze camas, todas no mesmo quarto; e, quando iam para a cama, as portas do quarto eram fechadas a chave. Pela manhã, porém, os seus sapatos apresentavam as solas gastas, como se tivessem dançado com eles toda a noite; ninguém conseguia descobrir como acontecia isso.Então o rei anunciou por todo o país que se alguém pudesse desco­brir o segredo, e saber onde as prin­cesas dançavam de noite, casaria com aquela de quem mais gostasse e seria o seu herdeiro do trono; mas quem tentasse descobrir isso, e ao fim de três dias e três noites o não 
conse­guisse, seria morto.Apresentou-se logo o filho de um rei. Foi muito bem recebido e à noite levaram-no para o quarto ao lado da­quele onde as princesas dormiam nas suas doze camas.Ele tinha que ficar sentado para ver onde elas iam dançar; e, para  nada se passasse sem ele ouvir, 'deixaram-lhe aberta a porta do quar­to. Mas o mancebo daí a pouco ador­meceu; e, quando acordou de manhã, viu que as princesas tinham dançado de noite, porque as solas dos seus sa­patos estavam cheias de buracos. O mesmo aconteceu nas duas noites se­guintes e por isso o rei ordenou que lhe cortassem a cabeça. Depois dele vieram vários outros; nenhum teve melhor sorte, e todos perderam a vida da mesma maneira.

Ora, aconteceu que um ex-áoldado, que tinha sido ferido em c embate e já não podia mais guerrear, chegou ao país. Um dia, ao atravessar uma floresta, encontrou uma velha, que lhe perguntou aonde ia.

— "Quero descobrir onde é que as princesas dançam, e assim, mais tar­de, vir a ser rei."

— "Bem", disse a velha, "isso não custa muito. Basta que tenhas cui­dado e não bebas do vinho que uma das princesas te trouxer à noite; logo que ela se afaste, deves fingir estar dormindo profundamente." E, dando--lhe uma capa, acrescentou: "Logo que puseres esta capa tornar-te-ás invisível e poderás seguir as princesas para onde quer que elas forem."

Quando o soldado ouviu estes con­selhos, foi ter com o rei, que ordenou lhe fossem dados ricos trajos; e, quan­do veio a noite, conduziram-no até ao quarto de fora. Quando ia deitar-se, a mais velha das princesas trouxe-lhe uma taça de vinho, mas o soldado entornou-a toda sem ela o perceber. Depois estendeu-se na cama, e daí a pouco pôs-se a ressonar como se estivesse dormindo. As doze princesas puseram-se a rir, levantaram-se, abri­ram as malas, e, vestindo-se esplen­didamente, começaram a saltitar de contentes, como se já se preparassem para dançar. A mais nova de todas, porém, subitamente preocupada, disse:

— "Não me sinto bem. Tenho cer­teza de que nos vai suceder alguma

desgraça."

— "Tola!", replicou a mais velha. "Já não te lembras de. quantos filhos de rei nos têm vindo espiar sem re­sultado? E, quanto ao soldado, tive o cuidado de lhe dar a bebida que o

fará dormir."

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